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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Israel continua plano de limpeza étnica na Palestina

Por Humberto Carvalho Jr.


Enquanto o “oci-duente” pega carona na caravana da “obamania” guiada pela mídia gorda, Israel dá continuidade ao processo de limpeza étnica na palestina. Na mannhã desta quinta-feira, o bombardeio das Forças Aéreas israelenses feriu nove palestinos, na cidade de Khan Yunes, no sul da faixa de Gaza. Entre as vítimas, sete são crianças, segundo testemunhas e fontes médicas.

O documentário Occupation 101: Voices of the Silenced Majority [Ocupação 101: Voz da Maioria Silenciada], dirigido por Sufyan Omeish e Abdallah Omeish, e narrado por Alison Weir, fundadora do If Americans Knew, aborda a questão israelo-palestina a partir do surgimento do movimento Sionista até a segunda Intifada, bem como as relações entre Israel e Estados Unidos e as violações dos direitos humanos e abusos cometidos por colonos e soldados israelenses contra os Palestinos.

No filme, ainda, historiadores, ativistas pela paz, jornalistas, trabalhadores humanitários e especialistas analisam a ocupação do território palestino. Assista Occupation 101 na íntegra, abaixo:

Site oficial do documentário:

http://www.occupation101.com/

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Morales vence referendo mas oposição não aceita

Por Humberto Carvalho Jr.


Apesar de todas as pesquisas de boca-de-urna realizadas por emissoras de rádio e televisão (privadas e estatais) apontarem a vitória do “sim” no referendo constitucional, realizado na Bolívia no último domingo (25), opositores consideram-se vitoriosos e exigem que seja reconhecida a autonomia dos departamentos onde o governo Morales não conseguiu vencer.

O resultado oficial do referendo pode levar até dez dias para ser divulgado. Porém, diante do resultado parcial apresentado pelas pesquisas de que  o "sim" vencera com cerca de 60% dos votos, antes mesmo do início da contagem dos votos, os líderes oposicionistas, desolados com a possível vitória do governo apelaram para a depreciação do processo eleitoral, alegando que havia indícios de fraude na votação, hipótese logo descartada por diversos observadores internacionais e pela Corte Eleitoral Nacional.

Mario Cossio, governador de Tarija, um dos departamentos (Estados) separatistas da Bolívia, disse que o presidente Evo Morales não tem poder suficiente para impor o resultado do referendo a todo o país. “Ele será obrigado a fazer algum tipo de pacto”, afirmou.

Ao mesmo tempo em que os líderes de direita tentavam invalidar o pleito, aconteciam festejos e carreatas nas cidade em que a oposição de direita conseguiu derrotar o “sim” à nova Carta Magna Boliviana.

Os governantes dos departamentos separatistas - Santa Cruz, Beni, Tarija e Pando -, onde certamente triunfará o “não”, reclamam o reconhecimento das autonomias departamentais. Estes departamentos, no ano passado, foram palco de perseguições e assassinatos de camponeses e militantes pró-Morales.

Enquanto a imprensa brasileira se preocupava com possibilidade de corte do fornecimento de gás natural ao Brasil devido a crise na Bolívia, mais de 30 bolivianos foram assassinados na Província de Pando, em mais um 11 de setembro esquecido pelo ocidente. Os crimes foram atribuídos a Leopoldo Fernández,  político de extrema direita, membro do Podemos, partido que integrou o segundo governo do general Hugo Banzer Suárez (1997-2001). Leia mais aqui

 

Para esse pequeno grupo de inconformados, defensores da  plutocracia, só pode ser caracterizado como governo democrático, quando um deles está no poder. A aprovação da nova Carta Magna assombra a população de classe média e alta boliviana, obviamente, porque o texto pretende dividir o poder com maioria da população boliviana, composta por camponeses e índios. Somente os índios representam 55% dos 10 milhões habitantes do país.

De acordo com o website Brasil de Fato, esta foi a primeira vez em 183 anos de vida republicana que os bolivianos foram convidados a participar de um referendo sobre a Constituição. Dos cinco referendos convocados nestes quase dois séculos, 40% foi realizado pelo atual governo, que completou três anos no último dia 22.

Morales, que esperava aprovar a nova Carta com mais de 70% dos votos, disse que não importa a margem, e, sim, a vitória. “Terminou o estado colonial, acabou o colonialismo interno e externo, também terminamos com o neoliberalismo, acabou o leilão dos recursos naturais", comemorou Evo. Assista o vídeo abaixo. 

 

Como não pôde omitir um acontecimento de tamanho interesse público, o Partido da Imprensa Brasileiro (PIB) perpetrou uma campanha na tentativa de distorcer as intenções do documento. Então, em mais um capítulo de “como 'não' fazer jornalismo”, a Folha republicou um artigo da BBC Brasil, criticando algumas das alterações  previstas na nova Constituição boliviana (divirta-se aqui).

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Estudantes israelenses são presos por recusarem o alistamento

Por Humberto Carvalho Jr.

Os Shministim, jovens secundaristas israelenses que rejeitaram o alistamento no exército de Israel por “objeção de consciência”, estão presos por se oporem à guerra na Palestina. Além da prisão, esses estudantes enfrentam uma enorme pressão da família, de amigos e do governo de Israel.

Não estou disposta a me tornar parte de um exército de ocupação que é invasor de terras estrangeiras há décadas, que perpetua um regime racista de roubo nessas terras, tiraniza civis e torna a vida difícil para milhões sob um falso pretexto de segurança”, afirmou Tamar Katz, umas das garotas presas por recusar o alistamento.

Os Shministim pediram ao grupo "Jewish Voice for Peace", organização judaica que se opõe à ocupação da Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, buscar pessoas em todo o mundo para pressionar o governo de Israel. Eles esperam receber centenas de milhares de cartas que serão entregues ao ministro da Defesa de Israel.

No dia 18 de dezembro foi iniciada uma campanha mundial pela libertação dos Shministim. Assista o vídeo abaixo e entenda porque esses corajosos jovens israelenses não aceitam servir ao exército de seu país.

A campanha, a carta de apoio e as histórias destes jovens estão no website www.december18th.org. Participe!


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Ministro da Justiça concede asilo político ao ex-militante de esquerda Cesare Battisti

Por Humberto Carvalho Jr.

Após a negativa do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), em novembro passado, o ministro da Justiça, Tarso Genro concedeu, na última terça-feira 13, o direito de asilo político e refúgio humanitário ao escritor e ativista ítalo-francês Cesare Battisti.

Militante do grupo de esquerda “Proletários Armados pelo Comunismo”, Battisti enfrentou ativamente o regime italiano na década de 70, período conhecido como “anos de chumbo”. Leia o documento na integra aqui.

Condenado à prisão perpétua por dois homicídios pela justiça de seu país, num procedimento jurídico questionado e rejeitado pela Corte Européia de Direitos Humanos, Battisti fugiu de uma prisão italiana no começo da década de 1980. Viveu na França por 11 anos, antes de se transferir para o Brasil. Ele foi preso no Rio de Janeiro em 2007 e, desde então, ficou mantido em presídios brasileiros.

Para conceder o direito de asilo político ao escritor italiano, o ministro ateve-se ao argumento do "fundado temor de perseguição", necessário para reconhecer a condição de refugiado, conforme prevê a Lei 9.474/97. “Concluo, entendendo também que o contexto em que ocorreram os delitos de homicídio imputados ao recorrente, as condições nas quais foram montados os seus processos, a sua total impossibilidade de ampla defesa face à radicalização da situação política na Itália, no mínimo geram uma profunda dúvida sobre se o recorrente teve direito ao devido processo legal”, destacou o ministro.

A decisão do ministro Tarso Genro não agradou o governo Berlusconi, que já solicita há algum tempo a extradição do escritor à Justiça brasileira. Segundo informações do Blog do Josias, o ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, afirmou nesta quinta-feira (15) que a relação entre os países podem ser afetadas.

Ainda segundo informações do mesmo website, o vice-prefeito da cidade de Milão, Riccardo De Corato, propôs boicote aos produtos brasileiros como forma de pressionar o Brasil a reconsiderar a decisão de conceder refúgio político a Battisti

O governo italiano apresenta uma frágil versão de que Battisti teria cometido crimes comuns, e não políticos. Para tentar comover a mídia e o governo brasileiro, utilizam ainda o pífio argumento de “combate ao terrorismo”, o que parece não está dando certo.

O presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, rebateu as críticas e afirmou que não irá mudar a decisão. “O que nós precisamos é aprender a respeitar as decisões soberanas de cada país. O Brasil entendeu que era correto e tomou a decisão. Eu acho que os italianos precisam respeitar. Pode até não concordar, mas terão que respeitar a decisão soberana do Brasil”, disse.

Engrossando o coro da “grande mídia” falaciosa brasileira, o governador de São Paulo, José Serra, nesta quinta-feira (15), durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, disse que considera “um exagero” a autorização do ministro da Justiça, mesmo admitindo estar desinformado sobre o caso. “Eu não conheço (o caso) em detalhes, mas, em princípio, não estou de acordo. Pareceu um exagero o asilo dado”, afirmou.


Apoio à liberdade de Cesare Battisti

 

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados divulgou, na última quarta-feira (14), uma nota oficial em apoio à concessão do refúgio político ao escritor italiano. De acordo com a nota, a Comissão considera que a condenação imposta a Battisti, com base na qual foi pedida sua extradição a Itália, foi feita num contexto de excepcionalidade política e jurídica, pois é fato histórico que naquele período - anos 1970 - o estado italiano exercia forte papel persecutório a militantes de esquerda.

“O ato do ministro da Justiça foi soberano, equilibrado e de caráter humanitário, sem dúvida o único no caso condizente com os princípios contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Direito Internacional Público”, relata a nota.

Um website foi criado em apoio à liberdade de Cesare Battisti. Para obter mais informações sobre o caso e não andar por aí falando baboseiras como o governador de São Paulo, acesse Liberdade a Cesare Battisti.

Recomendo, ainda, a leitura de “A acertada decisão de Tarso Genro em conceder refugio a Cesare Battisti”, André raboni, no blog Acerto de Contas.

 

Outros Links:

 

Link Abaixo assinado de Solidariedade e Contra a Extradição de Cesare Battisti

http://www.petitiononline.com/cesare07/petition.html

 

Carta do Partido Pôle de Renaissance Communiste en France ao presidente Lula:

http://www.resistir.info/franca/lettre_a_lula_p.html

 

Carta de Cesare Battisti, direto da prisão:

http://acertodecontas.blog.br/clipagem/carta-de-cesare-battisti-direto-da-prisao/

 

 

 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Organização americana pedirá a prisão de George W. Bush

Humberto Carvalho Jr.

O Washington Peace Center (Centro de Paz de Washington), uma organização oposta à Guerra do Iraque, convocou uma manifestação para pedir que o presidente americano George W. Bush seja preso por "crimes contra a humanidade", durante a posse de Barack Obama em Washington, daqui a seis dias.

De acordo com a organização, a manifestação, marcada para acontecer em frente à sede do FBI, durante o desfile em honra de Obama, poderá concentrar até 3 mil manifestantes, que pretendem encher o local com letreiros com a mensagem "Prendam Bush!".

"Pedimos a detenção de George W. Bush por instigar uma guerra contra uma nação que não representava uma ameaça, ataques gratuitos contra populações civis, uso de tortura e violações (dos regulamentos) das Nações Unidas", afirma a organização.

A manifestação contará com o apoio dos grupos "After Downing Street" e "Shoes for Bush", grupo cujo nome alusão a Muntazar al-Zaidi, o jornalista iraquiano arremeçou um dos seus sapatos no presidente dos EUA , em dezembro, durante uma entrevista coletiva.

Os organizadores da manifestação disponibilizaram os cartazes que pedem a prisão de Bush numa página de internet (http://arrestbush2009.com).


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Terrorismo de estado na Palestina



Humberto Carvalho Jr.

Os ataques de precisão cirúrgica israelenses, até esta quarta-feira 14, já matou mais de 900 palestinos, destes um terço eram crianças. Em Israel, do total de 13 mortos 10 são militares. Sou péssimo em matemática, mas bastam-me os dedos para saber que não se trata de uma “guerra” o que acontece em Gaza.

Apesar de grande parte do mundo repudiar o massacre perpetrado por Israel em território palestino, a chamada “grande imprensa” brasileira utiliza todo o seu arsenal de eufemismos para minizar toda a desgraça causada na Palestina pelos israelenses.

Na última sexta-feira, o site Folha Online publicou matérias com o intuito de desqualificar uma nota emitida pelo Partido dos Trabalhadores que condena os ataques israelenses. O documento assinado por Ricardo Berzoini, presidente nacional do partido, e pelo secretário de relações internacionais do partido, Valter Pomar, caracteriza os ataques à Palestina como “terrorismo de estado”.

“Atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista: Lídice e Guernica são dois exemplos disso”, diz a nota (Leia a nota na íntegra aqui).

O ministro de Assuntos Sociais de Israel, Isaac Herzog, disse que ao criticar os ataques israelenses em áreas civis como "uma prática típica do Exército nazista", o PT mostra que "ignora a história". A Folha concorda. Não há razões para espanto ouvir tal grosseria do ministro israelense.  Assombro, sim, um veículo que se diz compromissado com a informação verdadeira e de qualidade (risos), defender o genocídio.

Cansaria qualquer leitor citando inúmeros trechos de publicações sobre o que está acontecendo na Palestina. Para livrar-se do festival de baboseiras publicadas ultimamente pela mídia gorda sobre o assunto, acesse o Blog do Bourdoukan. Colunista da revista Caros Amigos, o jornalista e escritor Libanês, Georges Bourdoukan, é especialista em assuntos do Oriente Médio. Em seu blog você encontrará informações mais condizentes com a realidade israelo-palestina.

Boa leitura!